A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE

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(Mestre POP – Mestre em Capoeira – Originalmente publicado em http://culturaracionalfloripa.blogspot.com.br/ )

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A segunda das três virtudes teologais da religião cristã (ao lado da fé e da caridade), a esperança talvez seja da trilogia, a mais importante, pois independentemente de convicção religiosa ela move todo e qualquer ser humano. Em síntese a palavra esperança, quer dizer esperar, aguardar, talvez um dos sentimentos mais presentes no cotidiano humano, exatamente por estarmos permanentemente ligados ao tempo e ao espaço. É onde os fatos e acontecimentos se sucedem a partir da dualidade que caracteriza a nossa condição existencial, ou seja, o bem e o mal, o sucesso e o fracasso, a vida e a morte.

A existência da esperança é um revelador que traduz a limitada percepção humana frente sua própria realidade, a qual seja, o amanhã é incerto e mesmo o presente instante em que vivemos também é incerto. Por esta razão temos a esperança que nos alimenta de expectativas que “isso” ou “aquilo” que nos incomoda, de alguma forma possa ser resolvido. Não temos certeza absoluta dos fatos que irão suceder em nossas vidas no futuro, pois existe uma realidade que nos angustia, que é a certeza de que nada sabemos. Por isso “a esperança é a última que morre”.

A natureza é cruel e não negocia seus direitos. Vivemos de expectativas boas e ruins, de sentimentos bons e ruins em relação a tudo. Vivemos hoje, aqui e agora, porém na perspectiva do amanhã, pois temos que esperar por tudo. Os exemplos estão postos em nosso cotidiano: quando nos enchemos de perspectiva para a realização de um projeto ou na recuperação de alguém que amamos que se encontra enfermo, e por termos que esperar a solução, sofremos e nos angustiamos.

O sentimento de “esperança” do ponto de vista concreto é subjetivo, é um enigma, uma incógnita, ou seja, não corresponde com precisão à realidade. Em síntese a palavra esperança é uma utopia, que nos impulsiona e alimenta à realização de algo melhor, seja de um fato ou até mesmo a esperança que se tem de um mundo melhor ou até mesmo da existência de um paraíso.

Embora muitos não concordem os sentimentos de fé ou esperança não passam de utopias humanas. Mas porque uma utopia? Porque existe uma dualidade que se confronta permanentemente, que é o bem e o mal. Por isso somos alimentados por um sentimento que nem sempre, como foi dito anteriormente, corresponde às expectativas que criamos. A esperança expressa apenas um desejo, uma necessidade humana, de superação de uma realidade que é a sua própria condição humana. Ou seja, somos vítimas de nossa própria existência. E porque digo isso? Porque nossa própria existência é um enigma, assim como o futuro, e o próprio passado. A esperança de que “dias melhores virão”, é uma máxima humana. E nela nos baseamos, esquecendo que a realidade é cruel, pois ela suprime nossas esperanças e trai a nossa fé.

Mas e se não houvesse a esperança, a fé e toda a utopia humana o que nos restaria? Consequentemente o vazio. Por isso de um modo geral, as pessoas que caem no vazio perdem a esperança de tudo. E muitas vezes estas dão cabo da própria vida. Deste modo o que podemos afirmar é que a única coisa que temos certeza é que nada sabemos.

A esperança, embora pareça um termo e um sentimento somente religioso, ligado à fé, no fundo não é. Ela é o que impulsiona o ser humano nas mais diversas realidades: a esperança na política, a esperança na ciência ou mesmo na religião. O que estimula a caminhada humana é a esperança, ou seja, o esperar, aguardar na expectativa de que os nossos sonhos e desejos irão se realizar.

Porém, muitas vezes, somos traídos por nossas próprias expectativas, e não poucas vezes. Nascemos neste mundo sem saber por que e nem para que. Somos inconscientes, mergulhados na auto sugestão de que sabemos alguma coisa e isso é o que alimenta as nossas vaidades, prepotências e arrogâncias.  No obstante, somos exatamente iguais, perante a Natureza que não faz distinção absolutamente nenhuma de quem é pobre, rico, branco ou preto, crente ou descrente, pois quem tiver que sofrer, sofre e quem tiver que morrer, morre e quem tiver que ter sucesso e superação em suas angústias, terá. A dualidade existe.

Com a Fase Racional que está em vigor, e com ela a Cultura Racional para o desenvolvimento pleno do raciocínio humano, os seres humanos viverão a perspectiva do “aqui e agora”, sem anseios ou angústias. Através do raciocínio não há pensamento, nem planos, nem sonhos, mas sim a ação verdadeira na execução das coisas. Raciocinar é um estado de ser pleno e integral, pois o tempo e o espaço do qual nos situamos a partir de nossa presente condição humana, deixa de existir quando passamos a raciocinar plenamente, pois o raciocínio não está ligado à matéria, ao tempo e espaço físicos, que nos causam toda a dor e toda a forma de sofrimento. Quem pensa e imagina, tem muita dificuldade de conceber estes esclarecimentos como possibilidade de uma realidade, e consequentemente chamará isso também de utopia e esperança. O pensamento é o verdugo do corpo, pois nele estão os anseios, os desejos, as perspectivas, os sonhos, as realizações e também as decepções.

A Cultura Racional é uma Cultura natural da natureza para o desenvolvimento do Raciocínio, que está em pleno vigor de sua fase. É a oportunidade real e concreta para a superação da condição humana. Ao iniciarmos estudos de Cultura Racional passamos a compreender e reconhecer a nossa verdadeira e real condição, sem encantamento, sem esperança e sem ilusão, pois passamos a entender as razões das forças da Natureza que nos alimentam enquanto seres pensantes. No lugar das expectativas, anseios e esperanças, nasce uma consciência e uma certeza do que somos, de onde viemos, porque aqui estamos, e para onde vamos. E é isso que nos dá a certeza de vivermos o aqui e agora sem a necessidade das expectativas futuras, pois temos a certeza que a Natureza não vai negociar conosco absolutamente nada, o que tiver que ser será. E ponto!

Comece a estudar a Cultura Racional através da obra Universo em Desencanto.

(*) Texto em Inglês:

https://nalub7.wordpress.com/2015/01/17/while-there-is-life-there-is-hope/

http://www.universoemdesencanto.com.br

 

Sobre nalub7

Uma pessoa cuja preocupação única é trabalhar em prol da verdadeira consciência humana, inclusive a própria, através do desenvolvimento do raciocínio, com base nas leis naturais que regem a natureza e que se encontram no contencioso da cultura natural da natureza, a CULTURA RACIONAL, dos Livros Universo em Desencanto.
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8 respostas para A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE

  1. Prof. LuS OLiveira disse:

    SALVE!

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  2. A esperança não morre enquanto não chega Aquele esperamos. Aí sim, quando chega Aquele que esperamos, a esperança já se faz realizada, plena. Aí é que o grão de mostarda morre e se torna uma frondosa árvore, sob a qual muitos pássaros armam seus ninhos.

    Boa semana, na Paz de Cristo!

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    • nalub7 disse:

      É VERDADE, JÚLIO! E PARA QUEM JÁ O ABRAÇOU, ELE HÁ MUITO JÁ CHEGOU. MAS, PARA QUEM NÃO O ABRAÇAR, ELE JAMAIS CHEGARÁ! GRATÍSSIMA PELA VISITA E COMENTÁRIO! EXCELENTE SEMANA PARA VOCÊ TAMBÉM E TODOS QUE O RODEIAM, EM PAZ COM CRISTO E COM TODAS AS FORÇAS DA NATUREZA!

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  3. Gilberto Carnasciali disse:

    Se a esperança e a ultima que morre, morreremos antes dela. Se tivermos paciência, raciocínio e confiança em quem nos criou, viveremos a vida sem expectativas e em acordo com a marcha natural da Natureza no retorno para nosso Mundo de Origem.
    Saudações Racionais.

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  4. Augusto Cesar G. Quintas disse:

    Excelente e esclarecedor texto. Gratissimo pelas colocações simples e de fácil entendimento que abrange todas as pessoas estudantes ou não da Cultura Racional. Os leitores tem que entender que estamos em outa fase, do desenvolvimento do Raciocínio, do pensamento único e indivisivel. Temos que tirar a venda dos olhos e enchergar além da matéria, para isso devemos estudar a cultura da natureza divina e entende-lá, para poder alcansarmos a tão desejada Paz, Saúde e Sossego.
    Salve!!!

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