A VIDA DE QUEM NÃO SE GUIA, É A VIDA DE QUEM NÃO RACIOCINA.

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Quem não se guia é porque não raciocina. E como é a vida de quem não raciocina?

Esclarece-nos o RACIONAL SUPERIOR em sua Magnânima Obra de Cultura Racional, que a vida de quem não raciocina é a vida de cegos de olhos abertos – e afirma:

“A vida dos cegos de olhos abertos é só dar cabeçadas de todos os jeitos, de todos os tamanhos e de todas as maneiras.

Vivem estes cegos de olhos abertos sonhando na vida com as ilusões; e futurando, idealizando, traçando planos, como coisa que cegos de olhos abertos saibam o que pensam, o que dizem, o que fazem, o que projetam; esquecendo que são de uma natureza sem garantia, ou pensando que tudo que premeditam, que pensam, saia certo.

Cegos de olhos abertos devem sempre contar com o presente e não com o futuro. Sim, porque não sabem se anoitece e não amanhece, ou se amanhece e não anoitece.

Esquecem que a vida não tem garantia, esquecem que tudo se transforma; veem o presente, mas desconhecem o desenrolar dos dias futuros, os acontecimentos bons ou maus.

Por isso, trata-se: cegos de olhos abertos, que vivem em penitência, expostos aí neste mundo, sujeitos a tudo quanto é ruim, esquecendo que não têm garantias, mas, dominados pela ilusão e iludidos, fazem projetos, traçam planos, na esperança disto, na esperança daquilo, como coisa que tudo desse.

E assim vivem os penitentes no mundo, à mercê das fatalidades das obras do acaso.

Conhecem a vida prática, conhecem tudo isso e pensam diferente. Mas, quem não conhece a vida prática é que pensa assim, como verdadeiros cegos de olhos abertos.

E assim, tem viventes que fazem até nojo o modo de pensar. É que às vezes se julgam os mais certos e são os mais errados.”

Para ver como é triste a vida de quem não se guia, porque não raciocina, ficando à mercê do alheio, guiado pelos invisíveis do campo material e sendo lapidado, sofrendo e penando sem querer sofrer e sem querer penar, até que resolva desenvolver o raciocínio e passar a raciocinar!